Pornochanchada no século 21

Este é um post sobre um filme incrível: Paraísos Artificiais.
O título desse filmes é para chamar atenção, na verdade. Antes de assisti-lo eu li algumas críticas/resenhas e acabei ouvindo coisas do tipo "é um filme que trata sobre a futilidade da juventude imergida em drogas e prazer" e outros mimimi's por causa de nudez e drogas. Por isso eu peço, no fundinho do meu coração cheio de carinho por vocês: NÃO leiam esse artigo antes de assistir esse filme. O filme é muito bom e eu não quero que a minha opinião (por mais que seja positiva) te influencie na hora de assisti-lo. Digo isso porque, por mais que as cenas de sexo sejam INCRÍVEIS, não é para você assistir o filme focando somente para isso. Além disso, vou soltar muitos SPOILERS, então não reclamam.

Eu assisti esse filme no cinema assim que lançou... E ainda bem que o fiz pois eu sempre tenho ódio de mim mesma quando eu não vou assistir um determinado filme no cinema e depois, quando assisto em casa, descubro que ele é bom.
O filmes é tão bom que dá até orgulho de ver que o cinema brasileiro está caminhando para frente, sem aquelas dublagens estranhas ou aquela fotografia de tekpix.
Ontem o assisti pela segunda vez, em casa.
O filme é dividido em várias épocas, dentro de um espaço de tempo de 6 anos com os cenários de uma rave no nordeste, Amsterdã e São Paulo.
Quando eu assisti no cinema, além de ter me impressionado muito com a fotografia e trilha sonora, foi meio difícil absorver a parte da rave. Fiquei meio cabreira tentando imaginar o como as pessoas conseguem ficar debaixo de um sol de verão, torrando de calor e LSD, curtindo a batida da música eletrônica durante dois dias seguidos e se esfregando em gente suada e desconhecida. Então, quando fui assistir ontem, pude observar a beleza das cenas de sexo.

SPOILER São três: a primeira com a protagonista e sua amiga, a segunda com os protagonista e a última, com os três.
Daqui para frente, se você não assistiu o filme, fica pela sua conta e risco.
Tudo bem que eu sempre achei a Nathalia Dill uma delicinha (menos quando ela faz aquela cara de mocinha da Malhação), mas nesse filme ela está um exagero de linda. A Lívia Bueno não tinha chamado muito a minha atenção no Homem do Futuro, então veio como um bônus.
A primeira cena me deixou super extasiada. As duas são amigas de alma. São tão amigas que a cena de sexo entre elas soa como 'sou tão sua amiga que eu quero que você sinta prazer'... Por mais que seja estranho, mas não me pareceu nada com aquele erótico lésbico explícito que costumamos ver pela internet a fora... Foi extremamente sublime, poético. Nunca vi nada igual. (Pareceu super clichê, mas faz o total sentido.)




A segunda cena é com os dois protagonistas, numa cama enorme de lençóis brancos. Achei incrível a forma o como eu consegui ver a textura da pele dos dois, se encontrando, unindo.. Se tornando somente um.
Acho que qualquer coisa que eu vá falar aqui me soa extremamente clichê porque eu achei tudo muito lindo e poético.
Eles se encaixaram de um jeito tão especial que o modo como se movimentaram chegou a ser até orgânico e macio. Pela primeira vez eu vi uma cena de amor que me deixou ruborizada.
Fica difícil tentar descrever em palavras porque é tudo muito visual mas sem clichês - posição X ou Y - e único, sabe?
Deve dar para ouvir meus suspiros quanto se lê. Achei tudo muito perfeito.

A terceira cena é teoricamente a mais excitante: um ménage. Inclusive é a que ilustra o cartaz oficial do filme.
Eu disse teoricamente porque SPOILER eles tomam HGB e a amiga da protagonista, além de já estar chapada com outras coisas, tomou uma superdose e deixou os dois metendo e SPOILER SPOILER SPOILER teve um ataque e morreu de overdose. /:
A cena é bonita, pela primeira vez foque e desfoque ficou bem executado. Tem aquele lance com as luz negra e a pintura do rostos das duas. A trilha dessa cena foi a que mais me cativou. Apesar da amiga morrer, tem a sua poética.

Se você que não assistiu o filme leu até aqui, fique sabendo que você ainda tem motivos para assisti-lo pois o fato que a mocinha morreu é só um detalhe, tem muito mais história do que isso. Eu prometo.

É difícil ver no cinema cenas de sexo que sejam para se ver e não para excitar.
Na verdade eu acho que estamos muito acostumados a vê-las desse jeito.
Tem até aquela hora que você lembra que é encenação, mas nesse filme parece bem mais real do que muito vídeo pornô caseiro que já vi.

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